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terça-feira, 25 de junho de 2013

Medo de fogos e rojões

A época de festas juninas é marcada pelo barulho de fogos e rojões, e nós que temos pets em casa, sabemos o quanto eles sofrem com isso. Os cães possuem audição extremamente sensível, capaz de captar sons imperceptíveis aos ouvidos humanos. Então para eles, sons muito altos é sinal de perigo.

Aqui em casa nossa cadelinha Chulia passou por maus bocados na noite de São João. Com o barulho constante de fogos e rojões, ela entrou em desespero, corria de um lado pro outro sem saber onde se esconder. Meu esposo e eu tivemos que colocá-la em um lugar onde ela se sentisse mais segura, e o barulho parecia ser menor . Foi então que ela se acalmou um pouco.
Resolvi procurar orientação sobre o que fazer numa situação como essa e encontrei dicas do adestrador Alexandre Rossi, que vou compartilhar com vocês:

• Grave os sons dos fogos e demais sons que o animal  tem medo, como trovões, e coloque para tocar, inicialmente em um volume que o cão não se assuste ou mesmo se incomode com o barulho;
• Assim que começar o som, o pet deve ser recompensado com petiscos ou uma brincadeira. A intenção é que, ao ouvir o barulho, o animal associe imediatamente com uma recompensa e deixe de ter medo;
• Aos poucos, vá aumentando o volume do som, respeitando sempre o limite em que o cachorro não se incomode com o barulho;
• Para saber se o condicionamento está ocorrendo de forma eficiente, observe o seguinte: assim que ele escutar o som, ele deve vir feliz buscar sua recompensa.
Este treino deve ser feito gradativamente e com bastante frequência. Aos poucos, podem ser introduzidos outros estímulos, da mesma forma, vá aumentando o som de maneira gradual.
Podem ocorrer recaídas. Um exemplo seria se, durante o condicionamento, ocorresse um evento que tivesse muitos fogos de artifício, deixando o cão apavorado. Em casos extremos, é recomendado a utilização de medicamentos para essas ocasiões, evitando assim o retrocesso no processo de dessensibilização. Esta medicação só deve ser utilizada com orientação de um médico veterinário de confiança.
Caso o cão esteja demonstrando sinais de medo, o ideal é proporcionar um local para que ele possa se esconder, até que se sinta seguro para sair por vontade própria. Fazer carinho ou abraçar o pet nesses momentos pode ser pior, pois estaremos recompensando a sensação de medo no animal.
Alexandre Rossi é criador de animais e zootecnista.


Vou tentar por essas dicas em prática aqui em casa, pra ver se a Chulia perde esse medo.

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